quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Polícia de Pau dos Ferros apresenta nova versão na apuração de tiroteio

Polícia de Pau dos Ferros apresenta nova versão na apuração de tiroteio

Mayara Amorimmayara.amorimf@gmail.com
Após exaustivas horas de depoimentos levantados em Pau dos Ferros, o delegado Inácio Rodrigues conseguiu desenrolar as diversas informações que chegavam após o tiroteio ocorrido na cidade na última segunda-feira. De acordo com o delegado, um dos acusado Cleiton Ricardo Alves Bezerra, 26, na verdade seria Claudivan Alves Bezerra. O nome fictício pertencia a um irmão do acusado que faleceu aos 3 anos. O delegado também informou que ele assumiu a nova identidade por ser procurado no estado de São Paulo, onde é indiciado por assalto, tráfico de drogas, dois homicídios e algumas outras suspeitas.
Inácio também levantou que o motivo da ação criminosa não seria a vingança da morte do pai de Felipe Chaves de Araújo, 19. Ele informou que após depoimentos constatou que Claudivan veio de SP para vingar a morte de um tio de Francisco Eugênio Carvalho dos Reis, que é primo do acusado. Parte dessas informações foi descoberta graças a percepção dos investigadores que checaram a procedência da motocicleta utilizada no crime.
Ambos acusados (Claudivan e Felipe) são foragidos. Um de São Paulo e o outro do Ceará. A morte do parente do acusado ocorreu no município de Venha Ver e o alvo dos disparos, o pistoleiro Edmilson Pessoa Fontes, chegou ser preso e condenado pelo crime. A polícia ressalta que agora ficou comprovado que a tentativa de homicídio contra os irmãos Lázaro e Edmilson Pessoa Fontes nada tem a ver com o crime cometido por Edmilson há dez anos, contra o promotor Manoel Alves Pessoa Neto.


Primeiros dados
Por volta das 7h da última segunda-feira, a Rua da Independência foi palco de um tiroteio que assustou populares que circulavam no local. Os disparos tinham como alvo os irmãos Lázaro e Edmilson Pessoa Fontes. De acordo com informações da polícia local, logo em seguida os acusados foram presos e identificados como Cleiton Ricardo Alves Bezerra, 26, natural de São Miguel, e Felipe Chaves de Araújo, 19, natural de Fortaleza.
A vítima é réu confesso no assassinato do promotor Manoel Alves Pessoa Neto. As testemunhas afirmam que o assassinato só não foi consumado pelo fato do irmão de Edmilson, Lázaro Pessoa Fontes, estar armado com uma pistola e ter revidado a investida criminosa. Edmilson cumpre pena no Presídio Regional de Pau dos Ferros em regime semi-aberto, onde é obrigado por lei a passar a noite recolhido. Primeiramente, o acusado Felipe Chaves disse em depoimento ao delegado Inácio Rodrigues que a ação foi planejada por vingança e que Edmilson teria assassinado o pai dele há dezessete anos, na Praia do Futuro.


Histórico
Já no dia 8 de novembro de 1997, o promotor do município de Pau dos Ferros, Manoel Alves Pessoa Neto, foi assassinado pelo pistoleiro Edmilson Pessoa Fontes. Também morreu na ocasião o vigia do fórum onde o promotor trabalhava, Orlando Mari. Em janeiro de 1998, o delegado Antônio Fernando dos Santos encaminhou o relatório das investigações ao Tribunal de Justiça e anunciou o envolvimento do juiz Francisco Pereira de Lacerda. O juiz foi condenado pelo TJ como mandante do duplo assassinato. As divergências entre o promotor e o juiz eram públicas e a encomenda da morte surgiu quando Lacerda soube que Pessoa estaria preparando as provas contra a má conduta do magistrado. Visando facilitar o crime, o juiz ordenou, antecipadamente, que o vigia noturno do fórum, usuário de arma, fosse substituído por Orlando, impedido de usar arma por ser preso de justiça.

fonte: Jornal O Mossoroense

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